Páginas


Mostrando postagens com marcador Natureza/Ciência. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Natureza/Ciência. Mostrar todas as postagens

27 de jun. de 2011

Golfinhos machos usam violência para aliviar frustrações

Pesquisadores americanos testemunharam três ataques de golfinhos a toninhas, um pequeno cetáceo parecido com um boto e que vive no hemisfério Norte. Os atos de violência ocorridos na baia de Monterey, na Califórnia, pareciam ocasionais, mas de acordo com um estudo, podem estar relacionados com frustrações sexuais de jovens golfinhos. Ataques como os vistos na Califórnia já haviam sido relatados no Reino Unido, no entanto, pela primeira vez, foi possível identificar que os agressores eram machos jovens.
Foto: Mark Cotter
Ataques dos golfinhos às toninhas seguem quase a mesma sequência. Primeiros os golfinhos imprensam (A), depois afogam (B), arremessam para cima (C)e por fim, golpeiam (D)
A descrição da cena deixa qualquer fã do seriado de TV Flipper horrorizado. Desde 2005, 44 carcaças de toninhas foram identificadas por sofrer ataques de golfinhos na baía de Monterey. Os três ataques testemunhados tinham em comum a perseguição de uma toninha por um grupo de até 16 jovens machos. Cercado, o animal era abatido por um, ou até três, golfinhos. Como os animais são monitorados pelos cientistas, sabe-se que Poke, Kelp e Naissance, Twinky, Phyto e Bat (como os animais são conhecidos) mataram as três toninhas.


“Vale dizer que no reino animal não existe vilão e mocinho. Animais têm sempre uma razão para fazer o que fazem.Muitas vezes, nós tendemos a humanizar o comportamento dos animais”, disse ao iG Mark Cotter, que faz parte do Okeanis, organização sem fins lucrativos de conservação na Califórnia, e que testemunhou os ataques.
Os motivos que levaram os golfinhos a atacarem as toninhas ainda estão sendo avaliados, mas acredita-se que esteja relacionado com a frustração sexuais dos jovens golfinhos, já que os ataques aconteceram durante a época de reprodução. De acordo com Cotter, jovens machos não conseguem ter acesso às fêmeas devido à competição com machos mais velhos. 

13 de jun. de 2011

A beleza das águas-vivas

 Água-viva Tripedalia cystophora. Um grupo diverso de milhares de espécies de invertebrados moles, com formato de sacos, encontrado em todo o mundo, a água-viva é surpreendentemente ancestral, datadas de 600 milhões a 700 milhões de anos ou mais. Isso é mais ou menos duas vezes mais antigo do que o primeiro peixe ósseo e os insetos, e três vezes a idade do primeiro dinossauro.
Água-viva Aurelia aurita. Investigações recentes detalhadas da arquitetura e da atividade neural da água-viva revelaram evidências de "condensação neuronal", lugares em que os neurônios se unem para formar estruturas distintas que agem como centros de integração - recebendo informações sensoriais e traduzindo-as na resposta apropriada 

 Água-viva Chrysaora quinquecirrha. Apesar de sua nobre antiguidade, a água-viva vem sendo ignorada ou mal compreendida há muito tempo pela ciência comum, descartada como um protoplasma com boca e sem mente. Agora, numa série de novos estudos, os pesquisadores descobriram que há muito mais complexidade e nuances numa água-viva do que à primeira vista. 
 Águas-viva Masti­gias papua. Na edição de 10 de maio da revista Current Biology, Garm e seus colegas descrevem o surpreendente sistema visual das águas-vivas Cubozoa, no qual uma rede interativa de 24 olhos com quatro papéis distintos - dois deles muito semelhantes aos nossos olhos - permite que as águas-vivas naveguem como marinheiros experientes pelos pântanos e mangues em que habitam 



Em meio ao grande inventário de criaturas multicelulares da natureza, as águas-vivas parecem algo totalmente diverso, tão distantes de nós quanto alguns seres móveis podem ser embora ainda pertençam ao reino Animalia 
"As águas-vivas são o animal mais antigo da terra que tem vários órgãos", disse David J. Albert, especialista em águas-vivas no Laboratório de Biologia Marinha de Roscoe Bay em Vancouver, Columbia Britânica.














Fonte: The New York Time