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11 de jan. de 2012

O perigo da pedofilia

Por Suheyla Fonseca Misirli Verhoeven


O crescente número de pessoas adeptas ao ativismo pedófilo lançam uma questão crucial para o mundo: As leis que estipulam uma idade mínima para o consentimento sexual devem ser abolidas?
O principal argumento da comunidade pedófila é o de que a liberdade dos indivíduos sobre os seus corpos deve ser respeitada, independentemente da idade dos indivíduos. Normalmente repudiam a idéia da violência para a obtenção do prazer sexual com a criança, defendendo, entretanto, relacionamentos sexuais que possuam o mútuo consentimento.

Ocorre, todavia, que a criança estando assimetricamente posicionada em relação ao adulto na relação não é capaz de concordar livremente a respeito da prática sexual, apesar de acreditar veemente que aquiesceu com o envolvimento. Conforme foi exposto no corpo deste trabalho, percebemos que a criança se deixa envolver nos jogos sensuais propostos pelos pedófilos passando a falsa impressão aos olhos de terceiros (e aos dela mesma) de que quis se envolver com o adulto.

Não poderemos falar aqui em consentimento voluntário da vítima. Como vimos no tópico anterior, as crianças – geralmente carente de afetos e sem a maturidade suficiente para reconhecer movimentos estratégicos – acabam sendo manipuladas para o fim pretendido pelos pedófilos.
Partindo-se do pressuposto que a criança não envolve, mas é envolvida pelo adulto, não poderíamos admitir a supressão do livre desenvolvimento sexual do infante em face da livre manifestação sexual de um adulto. Seria o mesmo que jogar por terra uma conquista que levou séculos para ser atingida: a de se considerar crianças seres distintos do adulto (em caráter biológico, psicológico, emocional e social) e dar-lhes garantias por se tratarem de pessoas em especial fase de desenvolvimento.

Não podemos e nem devemos admitir retrocessos. Temos que caminhar rumo à evolução e, o primeiro passo, é colocar em prática os direitos dos pequenos que estão legalmente estabelecidos (como o Estatuto da Criança e do Adolescente, por exemplo). O caminho não está em abolir leis necessárias, mas em efetivamente cumpri-las.

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