O governador Marcelo Déda (PT) sofreu mais uma derrota na Assembleia
Legislativa para o grupo dos irmãos Edvan e Eduardo Amorim (PSC) no
início da tarde desta terça-feira, 30, com a escolha da deputada Susana
Azevedo (PSC) para o Tribunal de Contas do Estado (TCE). Ela obteve 13
votos, contra nove de Belivaldo Chagas (PSB) e uma abstenção, que
supõe-se ter sido da deputada Maria Mendonça (PSB), que pode ter seguido
o deputado Adelson Barreto (PSB), que se absteve e se retirou da
sessão, por não concordar com ‘pressão’ do partido. Belivaldo promete
entrar com ação judicial visando anular a sessão em virtude de Gilmar
Carvalho (PR) ter votado.
A sessão demorou muito por conta das discussões para votar requerimento
visando definir se a votação seria secreta ou aberta e por 12 votos a
11, os deputados aprovaram o voto secreto, dando o direito à presidente
da Casa, Angélica Guimarães (PSC), votar.
Como a sessão foi secreta, ela teve direito ao voto, assim como ... |
Outra polêmica foi como divulgou em primeira mão o Portal Infonet,
sobre a legalidade no voto do suplente de Susana, Gilmar Carvalho, que
assumiu a vaga em virtude do pedido de licença de 120 dias da candidata.
“Pelo artigo 242 do Regimento Interno, o deputado não pode recusar-se
de votar, mas deve se abster se for em causa própria e ele tem interesse
sim, pois logrando êxito, quem assume a vaga de Susana é Gilmar e se
ele votar, está ferindo o artigo 242. O voto dele pode desequilibrar.
Não conhço um jurista que diga que o voto de Gilmar não fere o
Regimento”, entende Francisco Gualberto.
“Agora o líder de um Governo que já acabou é réu confesso. O nome de
Gilmar não está sendo indicado para o TCE, o deputado Gualberto não
queria votar o requerimento para a presidente votar, Adelson e Maria já
foram impedidos de votar. E eu, será que posso votar. E se Gilmar não
tivesse vindo, a segunda suplente é Tânia Soares, aí valia?”, rebate o
líder da oposição, deputado Venâncio Fonseca.
Ação
... Gilmar Carvalho, que assumiu em lugar de Susana que pediu licença na última hora |
Após o resultado, o secretário de Estado da Educação, Belivaldo Chagas,
informou que estará entrando com mandado de segurança para anular a
sessão.
“O resultado se deu com 13 votos, o mínimo de votos que a deputada
Susana precisava para se tornar conselheira. O Regimento Interno diz que
Gilmar Carvalho deveria se abster-se, coisa que ele não fez e a votação
que sempre foi aberta, como sempre foi, todo conselheiro foi escolhido
pela Assembleia Legislativa por meio de voto aberto, no entanto nessa
sessão mudaram. Vamos buscar o caminho da justiça, isso não quer dizer
insatisfação não e a gente vai pedir a anulação dessa votação porque ela
não cumpriu os requisitos mínimos necessários, tanto na Constituição
quanto no Regimento Interno”, destaca lembrando que se Susana tivesse
comparecido, seriam 12 votos para Susana.
Adelson se desculpa com Belivaldo
|
A presidente da Assembleia Legislativa de Sergipe, Angélica Guimarães
disse que tudo foi previsto dentro do Regimento Interno. “Ele na
condição de suplente realmente era quem teria que assumir a vaga com a
ausência deputada Susana Azevedo que se licenciou para interesse
particular, portanto tudo previsto dentro do Regimento e ele teve
direito ao voto. O Regimento diz que Susana seria beneficiada se ela
votasse, mas ela se retirou. É um direito de qualquer cidadão requerer
as atas da Assembleia e entrar na Justiça, Belivaldo Chagas tem todo o
direito de requisitar todo o processo de votação”, enfatiza.
Após saber o resultado da votação, o governador Marcelo Déda (PT)
postou no Twitter: “O TCE acaba de perder um grande Conselheiro, mas o
Governo continuará contando com um excepcional Secretário de Educação:
Abração,Belivaldo! À Conselheira Eleita, Deputada Suzana Azevedo, meus
cumprimentos e votos de uma feliz presença no TCE”.
Por Aldaci de Souza - Infonet
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