Mais de 8 milhões de endereços estão sem energia nos EUA, diz governo.
Costa de Nova Jersey sofreu 'devastação inimaginável', afirma governador.
Pelo menos 29 pessoas já morreram nos Estados Unidos após a violenta
passagem da supertempestade Sandy pela Costa Leste dos EUA, segundo
balanço da rede CNN. Uma pessoa morreu também no Canadá.
O estado americano mais afetado pela tormenta foi Nova York, onde 15
pessoas morreram, dez delas na cidade de Nova York, bastante castigada
por enchentes e blecautes.
As autoridades temem que o número seja maior, pois os trabalhos de resgate, principalmente na zona costeira, continuavam.
As demais mortes foram registradas nos estados de Maryland (2), Connecticut (2), Nova Jersey (3), Pensilvânia (3), Virgínia (2) e Virgínia Ocidental (1), além de uma das tripulantes do veleiro HMS Bounty, que naufragou por causa do furacão.
Mais de 8 milhões de lares e comércios, em 18 estados, se encontram sem
eletricidade na Costa Leste dos Estados Unidos por causa da
supertempestade, informou o governo federal. Os estados mais atingidos
são Nova York (2 milhões) e Pensilvânia (1,3 milhão), segundo o
Departamento de Energia.
O governador de Nova Jersey, estado pelo qual Sandy chegou ao
continente, disse que o furacão provocou uma "devastação inimaginável"
na costa e que os trabalhos para retirar moradores presos pelas
inundações continuam.
A Guarda Nacional está ajudando nos trabalhos na região, onde muitas
casas foram arrancadas de suas bases e arrastadas pelos ventos e pela
água.
Nova York
O presidente Barack Obama, declarou situação de emergência para todo o estado de Nova York após a passagem de Sandy.
Parte da ilha de Manhattan está inundada, e 500 mil pessoas ficaram sem energia elétrica na cidade de Nova York.
Perdendo força
Sandy perdeu força nas primeiras horas da manhã desta terça, enquanto prosseguia seu trajeto pelo leste dos Estados Unidos, mas ainda pode provocar fortes ventos e inundações, alertam as autoridades meteorológicas. Entenda o fenômeno.
Sandy perdeu força nas primeiras horas da manhã desta terça, enquanto prosseguia seu trajeto pelo leste dos Estados Unidos, mas ainda pode provocar fortes ventos e inundações, alertam as autoridades meteorológicas. Entenda o fenômeno.
O Centro Nacional de Furacões informou às 9h GMT (7h do horário
brasileiro de verão) que Sandy se deslocava ao sul do estado da
Pensilvânia com ventos de 105 km/h e rajadas ainda mais fortes sobre
grande parte da Costa Leste.
A supertempestade, rebaixada para tempestade pós-tropical pouco depois
de tocar a terra na costa de Nova Jersey na segunda-feira à noite, mas a
destruição provocada superou amplamente seu nível na escala
Saffir-Simpson dos furacões.
Uma empresa de previsão de desastres estimou que as perdas econômicas
poderiam chegar a US$ 20 bilhões, sendo apenas metade desse valor
garantida por seguros.
Sandy tocou a terra na noite desta segunda pela costa de Nova Jersey, com ventos de 130 km/h e deslocando-se a 37 km/h.
O olho do fenômeno atingiu as proximidades de Atlantic City, de acordo
com o boletim do Centro Nacional de Furacões (CNF), com sede em Miami.
As autoridades americanas haviam advertido sobre os riscos "sem
precedentes" e ordenaram a saída de centenas de milhares de pessoas em
cidades ao longo da faixa costeira da Nova Inglaterra (nordeste) até a
Carolina do Norte (sudeste).
O presidente Barack Obama alertou os americanos sobre a ameaça
representada por Sandy, ao citar uma "tempestade grande e poderosa' que
poderia ter consequências desastrosas.
A passagem da tempestade interrompeu a campanha eleitoral americana, a uma semana das equilibradas eleições de 6 de novembro.
Tanto Obama como seu rival republicano, Mitt Romney, cancelaram eventos eleitorais.
Os dois candidatos têm consciência da importância política de dedicar
toda a atenção às consequências da tragédia, pois lembram do que
aconteceu com o furacão Katrina em 2005.
A resposta ao Katrina, que devastou Nova Orleans (Louisiana, centro-sul
do país), foi encarada como um fracasso das autoridades, lideradas pelo
então presidente republicano George W. Bush, o que marcou o restante de
seu segundo mandato.
Em sua passagem pelo Caribe, na semana passada, Sandy deixou 67 mortos,
milhares de desabrigados e muitos prejuízos. Só no Haiti, foram 51
mortos.
Fonte: G1
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